Saturday, December 15, 2007

El amigo arquitecto

CENTENARIO DE OSCAR NIEMEYER
POR MIGUEL COMELLAS

El 15 de diciembre cumple 100 años de vida el arquitecto Oscar Niemeyer, hombre singular cuya monumental obra no sólo trasciende plasmada en hormigón y granito, sino en su accionar político y solidario con las causas justas de su tiempo.
"Fidel es nuestro líder natural", declaró Niemeyer en 1992 al autor de esta nota.
"Conocí a Fidel en 1959 en el Palacio de Planalto (Brasilia), me fue presentado por el presidente Juscelino Kubitshek."
Desde entonces, surgió una amistad y relaciones solidarias ejemplares. Por aquellos días Oscar Niemeyer trabajaba con denuedo y pasión en el gigantesco proyecto y sueño del presidente Kubitshek, de la nueva capital del gigante suramericano: Brasilia. "Fue una deliciosa aventura, allí viví años felices compartiendo la mesa con los obreros".
"Fidel es una figura humana impresionante, trascendente, es, indiscutiblemente, el gran líder de América Latina. Es nuestro líder natural", me decía con profunda emoción mientras fijaba su mirada penetrante en la grabadora con la que lo entrevistaba aquella tarde de junio de 1992, unos días después de su otro encuentro con el Jefe de la Revolución Cubana, en el piso 9 de su estudio-oficina en la Avenida Atlántica, frente a la playa Copacabana.
"Hablamos mucho, me contaba sus preocupaciones y los debates que habían tenido lugar en la Cumbre (de Rio, con decenas de jefes de Estado para tratar el tema del cambio climático), de la situación en Cuba y la disposición de enfrentar los nuevos desafíos", nos dijo sin ocultar la alegría que aquella visita le produjo.
La Catedral de Brasilia, una de las obras emblemáticas de este hombre de Brasil y de toda América Latina.
Fue un privilegio periodístico estar dialogando con el constructor de Brasilia, del Memorial de América Latina, en Sao Paulo, del Centro Cultural y la sede del Comité Central del Partido Comunista de Francia, en París, de la Gran Mezquita de Argel, del gigantesco Sambodromo (largo anfiteatro por cuya vía central cada año entre febrero y marzo se celebran los famosos carnavales de Rio con sus 16 escuelas de samba desfilando), también fue uno de los proyectistas del edificio de la ONU, en Nueva York, y decenas de otras obras arquitectónicas.
Oscar Niemeyer, junto a Luis Carlos Prestes, funda el Partido Comunista de Brasil. Fue el primer presidente de la Asociación de Amistad con Cuba. Formó parte en 1960 del Instituto Brasil-Cuba.
Este amigo excepcional, nacido en 1907, de hablar bajo y pausado, afable, de finas maneras, conversaba y relataba sus recuerdos con fluidez y con la mayor modestia imaginable de sus relaciones con figuras mundiales, de sus obras en Francia, Argelia, Japón, Estados Unidos, Italia y otros lugares.
Niemeyer nos contó que en sus primeras conversaciones con Fidel se habló de que hiciera algunas cosas en Cuba. De su aversión a los aviones. "Estoy invitado a visitar Cuba hace mucho tiempo. Incluso el Comandante me propuso llevarme y traerme en barco (se rió muchísimo de este episodio con Fidel). Yo entregué hace años a Itamaratí (Cancillería) el proyecto de la embajada en La Habana…"
Nuestro amigo entre sus muchos reconocimientos cuenta con el Premio Lenin de la Paz, la Orden Nacional José Martí, la medalla Félix Elmuza que otorga la Unión de Periodistas de Cuba y otras.
La dictadura militar entre los 60-70 lo persiguió, encarceló, reprimió y fue exiliado a Europa.
Sus artículos periodísticos en Folha de Sao Paulo y Journal do Brasil, y otros medios de comunicación han sido reflejo de sus denuncias a las agresiones, bloqueo, sabotajes y recientemente al secuestro de nuestros Cinco Héroes, y con otras causas justas de este mundo.
En días pasados, el presidente Luis Inácio Lula Da Silva lo visitó en su oficina adonde acude Niemeyer a diario a leer la prensa y la correspondencia, lo felicitó por su centenario, y le anunció que el 2008 en Brasil será el año de Oscar Niemeyer.
Desde 1992 se reimprime el semanario Granma Internacional en Rio de Janeiro y en todo momento contamos con su aliento, apoyo y solidaridad. "Ustedes tienen muchos amigos aquí y eso ampliará el espacio para la solidaridad y la información de Cuba", nos dijo entonces.
Vayan a nuestro entrañable amigo estas líneas de recuerdo, respeto y afecto revolucionario y muchos deseos de salud y felicidad en sus fructíferos cien años.

Do Granma, Cuba.

Wednesday, November 21, 2007

Não existe almoço grátis

Dica de leitura aos chegados: Babel, revista feita pelos colegas da ECA, sob responsabilidade do claudinho, o tognolli.

Muito bom, vale ler matéria por matéria. É só clicar no título! Or click here!!!

Thursday, November 08, 2007

sons do meio fio

"Essa foto diz muito sobre o reconhecimento que a profissão que escolhi tem aí no Brasil". Disse tudo, meu caro Videira.

Wednesday, October 03, 2007

Cálice, cale-se.

Show realizado no Anhembi, em 1973 - era Médici, auge da repressão ao povo brasileiro.
A música Cálice, que trata justamente do "voto de silêncio" imposto pelos militares, através da censura, foi apresentada em versão modificada, e mesmo assim boicotada neste show, tendo o áudio do microfone de chico buarque sido diversas vezes cortado.
Os gritos do chico arrepiam.
Tempos difíceis.

Cuidado, pois a rua não é pública, e a arte é crime,minha gente!


Som da discórdia

Flautista é proibido de tocar em calçada da Paulista

por Claudio Julio Tognolli

O flautista Emerson Pinto, o Pinzindin, conhecido músico paulistano de quem freqüenta a avenida Paulista, está proibido pela Justiça de se apresentar na calçada do Conjunto Nacional, um dos mais tradicionais conjuntos de prédios de São Paulo. O músico toca naquela esquina da Paulista com a rua Augusta (centro de São Paulo) há 12 anos.

A decisão que o proibiu de tocar na calçada é do juiz Fernando de Arruda Silveira, da 23ª Vara Cível de São Paulo. Caso insista em tocar ali, o flautista deverá pagar multa diária de R$ 380.

O juiz Fernando de Arruda Silveira determinou que o músico “se abstenha de se apresentar artisticamente, bem como comercializar seus CDs ou outros bens e serviços, no interior de quaisquer anexos que compõe o Complexo Conjunto Nacional (blocos comerciais, residenciais e garagem, ou ainda em seu entorno), desde já com ordem de remoção à sua pessoa se necessário, sob pena de multa diária de RS$ 380,00, redobrada, em caso de renovação de atividade obstada”.

À revista Consultor Jurídico, o flautista Emerson Pinto afirmou que está passando necessidades. Ele já deve à Justiça R$ 7,6 mil em multas. “Toco naquela calçada há 12 anos, fiz daquilo meu ganha-pão, agora não tenho mais do que viver. E ainda devo esta fortuna. E tudo isso porque resolvi tocar no mais público dos locais: a calçada”, desabafou.

A ação contra o músico é patrocinada pelo advogado Emanoel Tavares Costa, do escritório de advocacia Salomone. Em um documento de quatro páginas, o advogado alega que o flautista traiu um acordo feito por escrito, pelo qual teria se comprometido a jamais tocar nas calçadas públicas. De fato, segundo o acordo, o flautista “se absterá, doravante, de se apresentar artisticamente (compreendida a expressão no sentido mais amplo possível), bem como de comercializar seus CDs ou outros bens e serviços, obrigando-se a se abster de fazê-lo no exterior de quaisquer dos anexos que compõem o complexo do Condomínio Conjunto Nacional (blocos comerciais, residenciais e garagem) ou ainda em seu entorno (nesta expressão compreendidas as calçadas que o envolvem)”.

O advogado Emanoel Tavares Costa relata que, “ainda por força da transação, por mera liberalidade e exclusivamente com o objetivo de incentivo cultural ao autor, foi-lhe paga a quantia de R$ 5 mil”.

Relatório com fotos datado de 7 de agosto passado, feito por Homero Alves da Silva, gerente de segurança do Conjunto Nacional, mostra o flautista Emerson Pinto tocando seu instrumento na calçada da avenida Paulista. De posse das fotos, o advogado Emanoel Tavares Costa considerou que o flautista descumpriu o combinado na transação homologada pela Justiça em 30 de julho de 2007.

Revista Consultor Jurídico, 24 de setembro de 2007

Foto por Caroline Valente


Monday, October 01, 2007

Pitorescas opiniões Mainardianas

Sem comentários.

"Programa da semana - 26/9/2007
O Brasil não precisa de cinema - (link para o podcast de Diogo Mainardi)
Tropa de Elite. Não, não vi. Não vejo filme nacional. Não vejo filme de nenhum tipo
– o nacional em particular. O Brasil não precisa de cinema. Se o Brasil deixasse de fazer cinema, todo mundo sairia ganhando. Os contribuintes economizariam uns trocados.
E a cultura brasileira se livraria de alguns de seus episódios mais constrangedores, mais humilhantes. "

Por Diogo Mainardi, do site da revista Veja (com suas páginas recheadas de escárnio, preconceitos e absurdos - e a mais lida do Brasil).

Friday, June 29, 2007

Virada social ou ilusão efêmera?

Texto e fotos por Caroline Valente

Durante 81 dias, a tropa de choque realizou a "Operação Saturação" no Jd. Elisa Maria, região da Brasilândia. A polícia saiu dando lugar ao "trabalho social". “Nunca se fez nada parecido e nós estamos aqui inaugurando uma nova modalidade de enfrentamento da questão da violência em São Paulo. É o trabalho de segurança, que é indispensável, junto com o trabalho social. Por isso, chamamos de Virada Social”, afirmou o governador José Serra.

Foi um frenesi relâmpago, com ações sociais para crianças e adultos - durante dois dias. Depois, as ações serão as de construir uma escola e revitalizar algumas praças e calçadas. "De que adianta? A polícia vai embora e nossa favela volta ao normal", lamenta uma moradora que observa a partida do helicóptero do governador. E voltar ao normal significa volta da barbárie, das chacinas (no local aconteceu a maior chacina em São Paulo de 2007), das crianças servindo ao tráfego.


“É o Estado ocupando seu lugar na comunidade”, afirma Rogério Amato, Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social. Pena que ocupar por alguns dias não resolve o "pequeno" problema em que vivem mais de 247 mil "cidadãos" (entre aspas porque cidadãos, no sentido pleno da palavra, têm direitos permanentes dentro da sociedade. E não de viver à margem dela).